lunes, 3 de julio de 2017

LUIZ HENRIQUE -EL ARTISTA-ENTREVISTA COMPLETA





Le conocí vía facebook. Samba es la palabra llave que abre muchos corazones.Y eso fue lo que hizo que me fijara en su "cantinho" del facebook,esa red social que hace tantos encuentros en esta vida virtual pero plagada de sorpresas y seres que tienen una historia para compartir.
Luego fui a Youtube y fui escuchando sus interpretaciones.
Le pedí una entrevista y aún siendo una persona ocupada,un artista con mucha actividad me hizo un espacio para contestar mis preguntas.Y allí ves donde se diferencia el grande de los pequeños.Donde  se detalla la grandeza de los humildes.
Apenas nos conocíamos.¿Cuál pudo haber sido el contacto a parte de poner "me gusta" en sus post¿? La música.Ese universo maravilloso que nos lleva a unirnos sin necesitar de idiomas,religiones,ideas políticas,solo la música.
Aquí tienen a un artista consumado.Un sambista 100%, un hombre que canta y encanta.Un sambista clásico de los buenos y con aires de renovación.
¡Gracias por las respuestas!
Recomendado a escuchar ,conocer y seguir.
Valeu Luiz Henrique!


Onde você nasceu?
Sou carioca mesmo, nasci num hospital do bairro da Tijuca, e meus pais, nesta época, estavam morando em Copacabana. Depois mudei para o Bairro de Fátima, onde passei maior parte da minha infância. Após ter passado por outras cidades, faz doze anos que resido novamente no Rio de Janeiro, no bairro da Glória.
Quando você começou a se interessar por música?
Desde bem pequeno, eu  já tentava compor musiquinhas infantis. A música sempre foi uma constante em minha vida.
Quem são suas influências?
Minhas maiores influências foram os cantores da época áurea do rádio brasileiro, como Nélson Gonçalves, Cauby Peixoto, Angela Maria. No samba, meus primeiros ídolos foram Roberto Ribeiro, Benito di Paula, Clara Nunes entre tantos outros.
Você já fez discos dedicados à obra de Noel Rosa? Sinhô e outros. Você faria um disco de composições em especial sambas do Chico Buarque?
Se houvesse patrocínio, faria sim, pois Chico Buarque é um dos maiores compositores do nosso país, gosto muito de suas letras.





Conte pra a gente um show inesquecível que  você viveu ou assistiu?
Por incrível que pareça, aconteceu recentemente. Foi o lançamento do nosso recente CD “Menino de 47”, Luiz Henrique e Velha Guarda Show do Império Serrano, em homenagem aos setenta anos da gloriosa escola de samba verde e branca da Serrinha. Embora não tenha sido realizado na quadra do Império, e sim no Museu do Samba, no bairro da Mangueira, foi a primeira vez que tive a oportunidade de fazer uma apresentação ao lado de uma Velha Guarda do Samba, que estava lá com todos os seus componentes. Isto meu deixa muito contente e realizado.
Você é um carioca e o samba carioca continua vivo e com mais força, mas as rádios divulgam mesmo o samba?  
Algumas poucas emissoras de rádios ainda continuam divulgando o samba de qualidade; outras não podem fazer o mesmo, tampouco incluem o gênero em sua programação.
Qual é o melhor programa dedicado ao samba que você recomenda pra a gente e que possa se ouvir na internet?
Acredito que não exista um programa melhor e sim uma programação de qualidade. Na rádio Roquete Pinto FM 94.1, por exemplo, cujo site é http://www.fm94.rj.gov.br/ , podemos ouvir muita coisa boa. Também temos a web radio Viva o Samba: http://radiovivaosamba.com/ onde escutamos não só o samba de raiz como também o chorinho, e recomendo ainda a Radio Bicuda FM 98.7 no endeço http://bicuda.org.br/, sempre prestigiando a música de qualidade, inclusive o samba.
Você como artista seu próprio gestor de seu trabalho. Custa muito manter a divulgação de sua obra e viver da música?
Na verdade, eu tenho outra profissão além de cantor. Gostaria de viver de música, mas infelizmente isto não me é possível. Acaba custando muito sim, pois, como nunca tive nenhum patrocínio, tenho sempre que arcar com os custos dos projetos, contando às vezes com alguma ajuda dos amigos ou parceiros. Enfim não consigo viver de música, mas vivo para a música.
Luiz, podemos falar um pouquinho do Bob Lester? Como você o conheceu?
Conheci o Bob no velório da cantora Emilinha Borba. Ele estava lá muito triste e carregando sua pasta com recortes de jornais e muitas fotografias antigas. Fiquei impressionado com sua história e sua disposição. Mais ou menos um ano depois, ele veio morar próximo à minha rua, numa hospedaria, e aí passamos a ter maior contato. Comecei a admirá-lo por toda sua trajetória e modo de vida, por sua coragem. Infelizmente, apesar de ter ótima saúde e ser lúcido, faltavam-lhe recursos, então era obrigado a trabalhar como artista de rua para poder sobreviver. Bob Lester faleceu aos 100 anos de idade e esteve na ativa até mais ou menos uns dois anos antes. Foi um grande artista, de talento ímpar: cantor, dançarino, ritmista, imitador, verdadeiro showman.
Eu vi batalhar você por ele, ajudando com medicamentos e coisas que precisava, agora me diga os artistas daqueles anos dos anos ´30,´40 e ´50 e até já li vários dos 60 plena Bossa Nova  chegam a um momento em sua vida que não tem nem assistência sanitária  , existe alguma lei pra ajudar a essas pessoas? Ou é que o artista não pensa que um dia pode precisar e não faz nada pra mudar isto? Existe um sindicato. Qual seria sua reflexão sobre este assunto?
Eu realmente não sei se há alguma lei específica. E de fato alguns artistas não pensam no futuro e acabam liquidando seu patrimônio mesmo antes de chegarem à terceira idade. O que é do meu conhecimento é que existe o Retiro dos Artistas, aqui no Rio de Janeiro, no bairro de Jacarepaguá, que é uma casa de amparo aos artistas. As portas desta instituição estão abertas aos artistas já em final de vida e carreira, abandonados por suas famílias. Acredito também que deva haver retiros para artistas em outras cidades brasileiras.
Qual são pra  você  as melhores  vozes no samba  atual?
Melhores vozes do samba, em minha opinião, são aquelas que, independente de estarem ou não na mídia, ecoam obras de boa qualidade.
E os melhores compositores?
Citar um ou outro seria injustiça. Tem muita gente boa por aí, não só no samba como também em outros gêneros, não só no Rio e São Paulo, como também por todas as outras regiões do país. Nossa música, por incrível que pareça, continua rica.
Brasil está perdendo grandes valores culturais da música como Emilio Santiago, Jair Rodrigues, e agora Belchior, Jerry Adriani y no samba Almir Guineto pessoas ilustradas no acervo de nossa cultura bem brasileira, com essas partidas eu vejo as pessoas falando que a boa música brasileira vai se perdendo  e que não se renova mais. O que você acha disto?
Sempre vão existir talentos, mesmo que estejam escondidos. Atualmente a música popular brasileira não é tão valorizada como nos 50, 60 e 70, desta forma fica mais difícil para os novos talentos divulgarem seus trabalhos. Quando nós reservamos um pouquinho do tempo para vasculhar a internet, encontramos artistas sensacionais sem oportunidade de aparecer na grande mídia.
Luiz como vê a Música Brasileira hoje?
O que posso dizer é que a Música Brasileira hoje, aquela que faz sucesso por aí pelas rádios e TVS, bem reflete a situação política, econônica e social em que o país se encontra.
Luiz Henrique na Argentina eu como divulgadora radial quando tinha meu programa radial de Música Brasileira durante 16 anos eu já divulgava sambas e poucas pessoas conheciam a internet ainda não era invadida totalmente pelo Google  me lembro das reações dos ouvintes quando ouviam aqueles sambas de Caymmi, Ary Barroso, a voz da Carmen Miranda e a obra de Noel, hoje temos até uma escola de samba aqui  em Córdoba e em Buenos Aires também. Agora a música Argentina é conhecida  no Brasil? Você já ouviu falar de algum cantor ou estilo de música  Argentina.
Sei que os argentinos tal como nós brasileiros, são muito ecléticos. Admiro o trabalho da saudosa Mercedes Sousa e, quanto ao estilo musical, claro, não poderia deixar de citar o tango, não só como música mas também com dança. Sensacional!
Pra finalizar primeiro quero lhe agradecer sua disponibilidade, sua generosidade  e muito mais por compartilhar no seu canto no Facebook muita cultura,  ideias e material de boa qualidade.
Finalizando  só essas perguntas:


Qual é seu próximo projeto?
Tendo em vista que acabei de lançar o novo CD com a Velha Guarda Show do Império Serrano, ainda não tenho em mente o meu próximo projeto. Isso vai depender de vários fatores, inclusive de recursos financeiros para custeá-lo. Mesmo fazendo projetos de divulgação cultural, praticamente sem fins lucrativos, as editoras não costumam liberam o pagamento dos direitos autorais. Com isso, provavelmente terei que optar por um trabalho de músicas inéditas autorais ou talvez por mais um trabalho voltado para obras cujos autores já estejam em domínio público aqui no Brasil.
E o que você acha da situação atual do Brasil?
Sinceramente, eu nem sei mais o que achar. Só sei que esta situação me causa tristeza, insegurança e um pouco de pânico.
Muito Obrigada.

De nada! Eu que agradeço! Muchos besos!

Entrevista-redacción:Crim Báez
Fotos pertenecientes al sitio de Facebook de Luiz Henrique





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