Le conocí vía facebook. Samba es la palabra llave que abre muchos corazones.Y eso fue lo que hizo que me fijara en su "cantinho" del facebook,esa red social que hace tantos encuentros en esta vida virtual pero plagada de sorpresas y seres que tienen una historia para compartir.
Luego fui a Youtube y fui escuchando sus interpretaciones.
Le pedí una entrevista y aún siendo una persona ocupada,un artista con mucha actividad me hizo un espacio para contestar mis preguntas.Y allí ves donde se diferencia el grande de los pequeños.Donde se detalla la grandeza de los humildes.
Apenas nos conocíamos.¿Cuál pudo haber sido el contacto a parte de poner "me gusta" en sus post¿? La música.Ese universo maravilloso que nos lleva a unirnos sin necesitar de idiomas,religiones,ideas políticas,solo la música.
Aquí tienen a un artista consumado.Un sambista 100%, un hombre que canta y encanta.Un sambista clásico de los buenos y con aires de renovación.
¡Gracias por las respuestas!
Recomendado a escuchar ,conocer y seguir.
Valeu Luiz Henrique!
Onde
você nasceu?
Sou
carioca mesmo, nasci num hospital do bairro da Tijuca, e meus pais, nesta
época, estavam morando em Copacabana. Depois mudei para o Bairro de Fátima,
onde passei maior parte da minha infância. Após ter passado por outras cidades,
faz doze anos que resido novamente no Rio de Janeiro, no bairro da Glória.
Quando
você começou a se interessar por música?
Desde bem
pequeno, eu já tentava compor
musiquinhas infantis. A música sempre foi uma constante em minha vida.
Quem são
suas influências?
Minhas
maiores influências foram os cantores da época áurea do rádio brasileiro, como
Nélson Gonçalves, Cauby Peixoto, Angela Maria. No samba, meus primeiros ídolos
foram Roberto Ribeiro, Benito di Paula, Clara Nunes entre tantos outros.
Você já
fez discos dedicados à obra de Noel Rosa? Sinhô e outros. Você faria um disco
de composições em especial sambas do Chico Buarque?
Se
houvesse patrocínio, faria sim, pois Chico Buarque é um dos maiores
compositores do nosso país, gosto muito de suas letras.
Conte
pra a gente um show inesquecível que
você viveu ou assistiu?
Por incrível que pareça,
aconteceu recentemente. Foi o lançamento do nosso recente CD “Menino de 47”,
Luiz Henrique e Velha Guarda Show do Império Serrano, em homenagem aos setenta
anos da gloriosa escola de samba verde e branca da Serrinha. Embora não tenha
sido realizado na quadra do Império, e sim no Museu do Samba, no bairro da
Mangueira, foi a primeira vez que tive a oportunidade de fazer uma apresentação
ao lado de uma Velha Guarda do Samba, que estava lá com todos os seus
componentes. Isto meu deixa muito contente e realizado.
Você é
um carioca e o samba carioca continua vivo e com mais força, mas as rádios
divulgam mesmo o samba?
Algumas poucas emissoras de rádios
ainda continuam divulgando o samba de qualidade; outras não podem fazer o mesmo,
tampouco incluem o gênero em sua programação.
Qual é o
melhor programa dedicado ao samba que você recomenda pra a gente e que possa se
ouvir na internet?
Acredito que não exista um
programa melhor e sim uma programação de qualidade. Na rádio Roquete Pinto FM
94.1, por exemplo, cujo site é http://www.fm94.rj.gov.br/ ,
podemos ouvir muita coisa boa. Também temos a web radio Viva o Samba: http://radiovivaosamba.com/
onde escutamos não só o samba de raiz como também o chorinho, e recomendo ainda
a Radio Bicuda FM 98.7 no endeço http://bicuda.org.br/,
sempre prestigiando a música de qualidade, inclusive o samba.
Você
como artista seu próprio gestor de seu trabalho. Custa muito manter a
divulgação de sua obra e viver da música?
Na verdade, eu tenho outra
profissão além de cantor. Gostaria de viver de música, mas infelizmente isto
não me é possível. Acaba custando muito sim, pois, como nunca tive nenhum
patrocínio, tenho sempre que arcar com os custos dos projetos, contando às vezes
com alguma ajuda dos amigos ou parceiros. Enfim não consigo viver de música,
mas vivo para a música.
Luiz,
podemos falar um pouquinho do Bob Lester? Como você o conheceu?
Conheci o Bob no velório da
cantora Emilinha Borba. Ele estava lá muito triste e carregando sua pasta com
recortes de jornais e muitas fotografias antigas. Fiquei impressionado com sua
história e sua disposição. Mais ou menos um ano depois, ele veio morar próximo
à minha rua, numa hospedaria, e aí passamos a ter maior contato. Comecei a
admirá-lo por toda sua trajetória e modo de vida, por sua coragem. Infelizmente,
apesar de ter ótima saúde e ser lúcido, faltavam-lhe recursos, então era
obrigado a trabalhar como artista de rua para poder sobreviver. Bob Lester
faleceu aos 100 anos de idade e esteve na ativa até mais ou menos uns dois anos
antes. Foi um grande artista, de talento ímpar: cantor, dançarino, ritmista,
imitador, verdadeiro showman.
Eu vi
batalhar você por ele, ajudando com medicamentos e coisas que precisava, agora
me diga os artistas daqueles anos dos anos ´30,´40 e ´50 e até já li vários dos
60 plena Bossa Nova chegam a um momento
em sua vida que não tem nem assistência sanitária , existe alguma lei pra ajudar a essas
pessoas? Ou é que o artista não pensa que um dia pode precisar e não faz nada
pra mudar isto? Existe um sindicato. Qual seria sua reflexão sobre este
assunto?
Eu realmente não sei se há alguma
lei específica. E de fato alguns artistas não pensam no futuro e acabam liquidando
seu patrimônio mesmo antes de chegarem à terceira idade. O que é do meu
conhecimento é que existe o Retiro dos Artistas, aqui no Rio de Janeiro, no
bairro de Jacarepaguá, que é uma casa de amparo aos artistas. As portas desta
instituição estão abertas aos artistas já em final de vida e carreira,
abandonados por suas famílias. Acredito também que deva haver retiros para
artistas em outras cidades brasileiras.
Qual são
pra você
as melhores vozes no samba atual?
Melhores vozes do samba, em minha
opinião, são aquelas que, independente de estarem ou não na mídia, ecoam obras
de boa qualidade.
E os
melhores compositores?
Citar um ou outro seria
injustiça. Tem muita gente boa por aí, não só no samba como também em outros
gêneros, não só no Rio e São Paulo, como também por todas as outras regiões do
país. Nossa música, por incrível que pareça, continua rica.
Brasil
está perdendo grandes valores culturais da música como Emilio Santiago, Jair
Rodrigues, e agora Belchior, Jerry Adriani y no samba Almir Guineto pessoas
ilustradas no acervo de nossa cultura bem brasileira, com essas partidas eu
vejo as pessoas falando que a boa música brasileira vai se perdendo e que não se renova mais. O que você acha
disto?
Sempre vão existir talentos,
mesmo que estejam escondidos. Atualmente a música popular brasileira não é tão
valorizada como nos 50, 60 e 70, desta forma fica mais difícil para os novos
talentos divulgarem seus trabalhos. Quando nós reservamos um pouquinho do tempo
para vasculhar a internet, encontramos artistas sensacionais sem oportunidade
de aparecer na grande mídia.
Luiz
como vê a Música Brasileira hoje?
O que posso dizer é que a Música
Brasileira hoje, aquela que faz sucesso por aí pelas rádios e TVS, bem reflete
a situação política, econônica e social em que o país se encontra.
Luiz
Henrique na Argentina eu como divulgadora radial quando tinha meu programa
radial de Música Brasileira durante 16 anos eu já divulgava sambas e poucas
pessoas conheciam a internet ainda não era invadida totalmente pelo Google me lembro das reações dos ouvintes quando
ouviam aqueles sambas de Caymmi, Ary Barroso, a voz da Carmen Miranda e a obra
de Noel, hoje temos até uma escola de samba aqui em Córdoba e em Buenos Aires também. Agora a
música Argentina é conhecida no Brasil?
Você já ouviu falar de algum cantor ou estilo de música Argentina.
Sei que os argentinos tal como
nós brasileiros, são muito ecléticos. Admiro o trabalho da saudosa Mercedes
Sousa e, quanto ao estilo musical, claro, não poderia deixar de citar o tango,
não só como música mas também com dança. Sensacional!
Pra
finalizar primeiro quero lhe agradecer sua disponibilidade, sua
generosidade e muito mais por
compartilhar no seu canto no Facebook muita cultura, ideias e material de boa qualidade.
Finalizando só essas perguntas:
Qual é
seu próximo projeto?
Tendo em vista que acabei de
lançar o novo CD com a Velha Guarda Show do Império Serrano, ainda não tenho em
mente o meu próximo projeto. Isso vai depender de vários fatores, inclusive de recursos
financeiros para custeá-lo. Mesmo fazendo projetos de divulgação cultural,
praticamente sem fins lucrativos, as editoras não costumam liberam o pagamento
dos direitos autorais. Com isso, provavelmente terei que optar por um trabalho
de músicas inéditas autorais ou talvez por mais um trabalho voltado para obras
cujos autores já estejam em domínio público aqui no Brasil.
E o que
você acha da situação atual do Brasil?
Sinceramente, eu nem sei mais o
que achar. Só sei que esta situação me causa tristeza, insegurança e um pouco
de pânico.
Muito
Obrigada.
Entrevista-redacción:Crim Báez
Fotos pertenecientes al sitio de Facebook de Luiz Henrique
No hay comentarios:
Publicar un comentario