lunes, 7 de abril de 2014

LYSIA CONDÉ ENTREVISTA



Antes de recibir esta entrevista les quiero decir que yo conocí la obra de Lysia a través de un amigo muy querido como Roderick Santos  quien en un Congreso de Musicología que tuvimos por aquí en Córdoba hace tres años ,trabamos una hermosa amistad que ha perdurado vía mail y con contribuciones hacia su trabajo como docente y con sus alumnos en relación con mi trabajo de pesquisa y como musicóloga amateur, como yo llamo.
Con ese acercamiento hacia su obra,es que me animé a pedirle a la cantante un material y hacerle llegar la inquietud de una posible entrevista vía mail, lo cual  que accedió amablemente.
También hemos difundido su trabajo en nuestro programa radial :Murmullo de los Dioses ,que se emite por la radio Nacional AM 750 e online, en la radio Pública Nacional.
Bien amigos ,aquí va la entrevista que amablemente nuestra cantora accedió a responder.En otro post comentaremos su disco, que desde ya agrego :de una belleza infinita.
Beijos e muita luz
Crim Báez

1-Lysia de que lugar do Brasil você é? Teve formação musical?

Eu sou natural de Rio Pomba, Minas Gerais. Não possuo formação acadêmica em música. Minha formação é em Antropologia. Fiz por dois anos um curso básico de canto lírico pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e atualmente faço aulas particulares de canto popular.

2-Você está preparando seu disco,aquí tenho este EP que tem coisas bonitas…más nesse disco que você está por lançar…como vai ser..a seleção..se puder contar ? 

O disco foi lançado em fevereiro deste ano e selecionei onze composições que passeiam por diversos gêneros e épocas do cancioneiro popular, como o maxixe “Corta-Jaca”, de Chiquinha Gonzaga e Machado Careca, composta em 1895, e o choro “Flor Amorosa” de Joaquim Callado e Catullo da Paixão Cearense. Duas músicas de tradições orais, brasileira e hispano-americana, ganharam minha interpretação, uma em espanhol, com o acalanto “Duerme Negrito”, já gravado por Mercedes Sosa, e outra em português, com a “A Lua Girou”, adaptada e gravada pela primeira vez no LP Geraes, de Milton Nascimento, em 1976.

O CD conta com participação especial de Miltinho (MPB4) na faixa “Enigma”, fado de autoria dele com Magro. Ganharam também registro as composições “A Vida do Rio”, das paulistas Simone Guimarães e Virgínia Amaral e “Mais de Um”, fruto da parceria de 1981 de Eduardo Gudin com o carioca Cacaso. Dominguinhos e Anastácia tiveram minha interpretação com “Contrato de Separação”.

Há no CD três músicas de compositores potiguares, uma delas inédita, resultado da colaboração de artistas da cena musical de Natal, onde atuo. São elas, “Ana Bandolim”, de Tico da Costa, “É Brincadeira”, de João Salinas e Carlos Newton Junior e “Primeiro Olhar”, de Sérgio Farias e Cristina Saraiva.

Produzido e arranjado pelo músico Sérgio Farias, o disco apresenta sonoridade delicada, com arranjos concebidos de forma a valorizar a poesia e expressividade das canções e o timbre doce e suave da cantora. A formação instrumental do disco, gravado de forma acústica e quase todo ao vivo, se assemelha ao formato de música de câmara, com dois violões (Sérgio Farias e Jow Ferreira), baixo acústico (Airton Guimarães) e percussão (Sami Tarik), além de participações de flauta (Carlos Zens), acordeom (Zé Hilton), bandolim (Sérgio Farias) e bateria (Di Steffano).

3-Quais são os “monstros” da MPB que inspiram a você..?

São muitos, mas eu começaria com Milton Nascimento, minha principal referência. Por ser de Minas Gerais, a música mineira que ficou mundialmente conhecida a partir de Milton e do chamado “Clube da Esquina” sempre foi preponderante em minhas escutas. Mas é claro que bebi em muitas outras fontes, como Tom Jobim, Edu Lobo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Elis Regina, Nana Caymmi, Zizi Possi, dentre muitos outros. Eu sempre escutei muita música brasileira.

4-Como vê você a música de hoje, tem gente se queixando..eu sinto que tem gente muito talentosa más acontece que não estão sendo divulgados como mercem,o que você acha disto?

Hoje em dia, com as facilidades que a internet nos proporcionou, ficou muito mais fácil para um artista gravar seu CD independente de gravadoras e divulgá-lo na rede. Sabe-se que o interesse das principais gravadoras é com o comércio massivo de seus produtos, o que não significa compromisso com qualidade. Felizmente, o artista não precisa mais ficar esperando ser descoberto por uma gravadora para fazer seu trabalho chegar às pessoas. Então, acredito que o mercado está mudado e devemos nos adequar a ele. Prefiro considerar a ideia de nichos de público, devido a essa pulverização de ofertas de produtos musicais. É dessa forma que concebo meu trabalho. Não tenho a ilusão de alcançar um público de massa, mas muito me agrada saber que o segmento que gosta e compartilha minha música o faz por se identificar com ela, e não porque houve uma campanha massiva na mídia ou por modismo.

5-Você compõe? já teve música sua gravada por outros artistas?

Não. Ainda não me permiti experimentar-me como compositora.

6-Eu vi no seu facebook que você acompanha todas as manifestações culturais de sua terra e é muito boa colega de seus colegas artistas,isso diz muito de você. Agora  eu sei que você assitiu a uma caravana de Rabequeiros…nós temos um estilo de rabeca no norte argentino,se paresce um poco,más esse instrumento está sendo divulgado..ou você acha que é só para festas regionais?

Sim, eu acompanho com interesse a diversidade das manifestações artísticas e culturais do meu país e mantenho uma relação de amizade e parceria com os músicos. Acho que a gente só cresce e se renova a partir das trocas de experiências, colaborando uns com os outros. Quanto à rabeca, no Brasil ela está mais associada a manifestações regionais da cultura popular. Há alguns trabalhos de músicos pesquisadores, como Antônio Nóbrega e Renata Rosa, que buscam inseri-la em suas apresentações para dar visibilidade e notoriedade a esse tipo de manifestação musical pouco conhecida e difundida por aqui.

7-Por último Lysia existe possibilidade você vir para Argentina? O que você conhece da música Argentina?


Eu adoraria conhecer e me apresentar na Argentina. A possibilidade existe e depende da viabilidade de um convite ou de um projeto patrocinado para levar minha música até nossos irmãos do Sul do continente. Conheço muito pouco a música Argentina, só os renomados Astor Piazolla e Mercedes Sosa. Adoraria também fazer esse intercâmbio com a música produzida em seu país. Quem sabe num futuro próximo?


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