Antes de recibir esta entrevista les quiero decir que yo conocí la obra de Lysia a través de un amigo muy querido como Roderick Santos quien en un Congreso de Musicología que tuvimos por aquí en Córdoba hace tres años ,trabamos una hermosa amistad que ha perdurado vía mail y con contribuciones hacia su trabajo como docente y con sus alumnos en relación con mi trabajo de pesquisa y como musicóloga amateur, como yo llamo.
Con ese acercamiento hacia su obra,es que me animé a pedirle a la cantante un material y hacerle llegar la inquietud de una posible entrevista vía mail, lo cual que accedió amablemente.
También hemos difundido su trabajo en nuestro programa radial :Murmullo de los Dioses ,que se emite por la radio Nacional AM 750 e online, en la radio Pública Nacional.
Bien amigos ,aquí va la entrevista que amablemente nuestra cantora accedió a responder.En otro post comentaremos su disco, que desde ya agrego :de una belleza infinita.
Beijos e muita luz
Crim Báez
1-Lysia de que lugar do Brasil você é? Teve formação musical?
Eu sou
natural de Rio Pomba, Minas Gerais. Não possuo formação acadêmica em música.
Minha formação é em Antropologia. Fiz por dois anos um curso básico de canto
lírico pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e
atualmente faço aulas particulares de canto popular.
2-Você está preparando seu disco,aquí tenho este EP que tem
coisas bonitas…más nesse disco que você está por lançar…como vai ser..a
seleção..se puder contar ?
O disco foi
lançado em fevereiro deste ano e selecionei onze composições que passeiam por
diversos gêneros e épocas do cancioneiro popular, como o maxixe “Corta-Jaca”,
de Chiquinha Gonzaga e Machado Careca, composta em 1895, e o choro “Flor
Amorosa” de Joaquim Callado e Catullo da Paixão Cearense. Duas músicas de
tradições orais, brasileira e hispano-americana, ganharam minha interpretação,
uma em espanhol, com o acalanto “Duerme Negrito”, já gravado por Mercedes Sosa,
e outra em português, com a “A Lua Girou”, adaptada e gravada pela primeira vez
no LP Geraes, de Milton Nascimento, em 1976.
O CD conta
com participação especial de Miltinho (MPB4) na faixa “Enigma”, fado de autoria
dele com Magro. Ganharam também registro as composições “A Vida do Rio”, das
paulistas Simone Guimarães e Virgínia Amaral e “Mais de Um”, fruto da parceria
de 1981 de Eduardo Gudin com o carioca Cacaso. Dominguinhos e Anastácia tiveram
minha interpretação com “Contrato de Separação”.
Há no CD três músicas de
compositores potiguares, uma delas inédita, resultado da colaboração de
artistas da cena musical de Natal, onde atuo. São elas,
“Ana Bandolim”, de Tico da Costa, “É Brincadeira”, de João Salinas e Carlos
Newton Junior e “Primeiro Olhar”, de Sérgio Farias e Cristina Saraiva.
Produzido e arranjado pelo
músico Sérgio Farias, o disco apresenta sonoridade
delicada, com arranjos concebidos de forma a valorizar a poesia e
expressividade das canções e o timbre doce e suave da cantora. A formação
instrumental do disco, gravado de forma acústica e quase todo ao vivo, se
assemelha ao formato de música de câmara, com dois violões (Sérgio Farias e Jow
Ferreira), baixo acústico (Airton Guimarães) e percussão (Sami Tarik), além de
participações de flauta (Carlos Zens), acordeom (Zé Hilton), bandolim (Sérgio
Farias) e bateria (Di Steffano).
3-Quais são os “monstros” da MPB que inspiram a você..?
São muitos,
mas eu começaria com Milton Nascimento, minha principal referência. Por ser de
Minas Gerais, a música mineira que ficou mundialmente conhecida a partir de
Milton e do chamado “Clube da Esquina” sempre foi preponderante em minhas
escutas. Mas é claro que bebi em muitas outras fontes, como Tom Jobim, Edu
Lobo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Elis Regina, Nana Caymmi, Zizi Possi, dentre
muitos outros. Eu sempre escutei muita música brasileira.
4-Como vê você a música de hoje, tem gente se queixando..eu
sinto que tem gente muito talentosa más acontece que não estão sendo divulgados
como mercem,o que você acha disto?
Hoje em dia,
com as facilidades que a internet nos proporcionou, ficou muito mais fácil para
um artista gravar seu CD independente de gravadoras e divulgá-lo na rede.
Sabe-se que o interesse das principais gravadoras é com o comércio massivo de
seus produtos, o que não significa compromisso com qualidade. Felizmente, o
artista não precisa mais ficar esperando ser descoberto por uma gravadora para
fazer seu trabalho chegar às pessoas. Então, acredito que o mercado está mudado
e devemos nos adequar a ele. Prefiro considerar a ideia de nichos de público, devido
a essa pulverização de ofertas de produtos musicais. É dessa forma que concebo
meu trabalho. Não tenho a ilusão de alcançar um público de massa, mas muito me
agrada saber que o segmento que gosta e compartilha minha música o faz por se
identificar com ela, e não porque houve uma campanha massiva na mídia ou por
modismo.
5-Você compõe? já teve música sua gravada por outros artistas?
Não. Ainda
não me permiti experimentar-me como compositora.
6-Eu vi no seu facebook que você acompanha todas as
manifestações culturais de sua terra e é muito boa colega de seus colegas
artistas,isso diz muito de você. Agora eu sei que você assitiu a uma
caravana de Rabequeiros…nós temos um estilo de rabeca no norte argentino,se
paresce um poco,más esse instrumento está sendo divulgado..ou você acha que é
só para festas regionais?
Sim, eu
acompanho com interesse a diversidade das manifestações artísticas e culturais
do meu país e mantenho uma relação de amizade e parceria com os músicos. Acho que
a gente só cresce e se renova a partir das trocas de experiências, colaborando uns
com os outros. Quanto à rabeca, no Brasil ela está mais associada a manifestações
regionais da cultura popular. Há alguns trabalhos de músicos pesquisadores,
como Antônio Nóbrega e Renata Rosa, que buscam inseri-la em suas apresentações para
dar visibilidade e notoriedade a esse tipo de manifestação musical pouco
conhecida e difundida por aqui.
7-Por último Lysia existe possibilidade você vir para Argentina?
O que você conhece da música Argentina?
Eu adoraria
conhecer e me apresentar na Argentina. A possibilidade existe e depende da
viabilidade de um convite ou de um projeto patrocinado para levar minha música
até nossos irmãos do Sul do continente. Conheço muito pouco a música Argentina,
só os renomados Astor Piazolla e Mercedes Sosa. Adoraria também fazer esse
intercâmbio com a música produzida em seu país. Quem sabe num futuro próximo?
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